Desde o anúncio da aquisição do controle acionário da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, em novembro de 2008, jamais foi abordada a questão relativa à loteria paulista, explica Luiz Carlos Peralta, presidente do Sindicato dos Lotéricos do Estado de São Paulo (Sincoesp). A entidade tem procurado informações na Nossa Caixa e nas secretarias da Cultura e da Habitação do Estado, diretamente interessadas nos recursos. Entretanto, ninguém tem informação alguma. Por isso, estamos tentando, até agora sem sucesso, agendar audiência com o governador José Serra.
A Loteria Estadual de São Paulo tem duas modalidades: bilhetes, cuja arrecadação destina-se a projetos habitacionais; e a raspadinha, com a receita dirigida à área da cultura. É uma das poucas do Brasil que têm legalidade, pois foi criada antes do Decreto que instituiu a Loteria Federal, revela Peralta, preocupado com o impacto da iminente extinção sobre o volume de empregos nas 2.500 casas lotéricas existentes no Estado. São pequenas e microempresas que terão dificuldade para manter os seus quadros ante uma redução de seu faturamento. Essa ameaça é ainda mais grave no contexto da atual crise econômica.
Segundo Peralta, o Estado de São Paulo tem mercado e potencial para administrar uma loteria. Nesse sentido, são necessárias providências urgentes, como a criação de um órgão gestor ou a terceirização da administração, para substituir a Nossa Caixa.
loteria tradicional
A Loteria da Habitação consiste na emissão de uma série de 100 mil bilhetes, numerados de 00.000 a 99.999, sorteados, semanalmente, todas as sextas-feiras. Sua primeira extração foi realizada em 13 de fevereiro de 1987. Durante dois anos, os sorteios realizaram-se na sede da Loteria, localizada em São Paulo. A partir da 98ª extração, passaram a acontecer nos diversos municípios do Estado de São Paulo, no "Caminhão de Sorteios".
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