terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Trote



Olha, em minha experiência universitária, nunca ninguém teve que obrigar um bixo a encher a cara. Mas de uns anos para cá, por causa de alguns exageros - alguns culminando em morte - , o trote passou a ser perseguido a ponto do corte do cabelo e pintar a cara com tina passarem a ser quase caracterizados como crime. Até antes da "democratização" do ensino promovido po Paulo Renato, entrar na faculdade era para poucos. O trote então era um rito de passagem, quando após meses de sacrifício o estudante obtinha uma cobiçada vaga universitária, principalmente quando era numa pública. Não no meu caso, que fui paraquedista na Fuvest. Mas sair da roça que era Indaiatuba em 1981 para estudar na USP merecia cortar o cabelo. E raspar com gilete.

Hoje, sem dúvida, isso perdeu muito sentido. Os processos seletivos de grande parte das faculdades é pouco mais que uma formalidade. Há abusos bárbaros, mas não é o caso de generalizar. Quem passa numa grande universidade espera pelo trote, é uma insígnia. Nos que eu participei - e foram muitos - sempre houve muita diversão e integração entre calouros e veteranos.
A tradução da informação no final da matéria do Bom Dia Brasil acima é óbvia: estudantes da USP continuam a promover trotes tradicionais e a Reitoria faz de conta que não ve e diz à imprensa que todos só fazem o chamado trote solidário.

Um comentário:

Anônimo disse...

trote é um rito !!! um ritual..
é claro que não pode ter exageros..Mas qnd se sabe passar trote e aceitar no espirito esportivo é legal..Sem exageros!!