terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Primeira sessão ordinária


Ontem aconteceu a primeira sessão ordinária do ano e, não sei se graças à convocação do Movimento Atuação e Voto Consciente, houve um público excelente no plenário. Os vereadores, acostumados a ver gente nas sessões só em votações muito polêmicas, aproveitaram para mandar ver no púlpito. Foram 34 indicações, três requerimentos (todos do Linho, ou Carlos Alberto Resende Lopes, do PT), uma moção, cinco projetos de vereadores e sete enviados pelo Executivo. Apenas os vereadores Agostinho Andrade Junior (PPS) e Vera Spadella (PDT) não fizeram indicações, requerimentos, moções ou projetos e lei nesta primeira sessão. Usaram a palavra Túlio Tomass do Couto (PPS), Luiz Alberto “Cebolinha” Pereira (PDT), Hélio Alves Ribeiro (PSB), Bruno Ganem (PV), Helton Antonio Ribeiro (PP), Fábio Marmo Conte (PSB) e Celsinho Rocha (PDT).

Túlio subiu ao microfone para defender suas indicações a respeito do Pronto Socorro e providências de diminuição de óbitos fetais e mortalidade neonatal precoce no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc), lembrando a morte recente de uma adolescente de 14 anos grávida na unidade. Cebolinha falou sobre algumas de suas muitas indicações, sobre o pedido para que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) instale hidrômetros residenciais em prédio onde eles ainda são coletivos, a necessidade de fiscalizar melhor entulhos nas construções em andamento e o cumprimento da lei que obriga médicos da rede municipal a escreverem receitas datilografadas ou impressas ou com letra legível. Hélio defendeu a conveniência de adotar sistema de pré-consulta e de uma rampa de acesso no pronto atendimento do Mini-Hospital do Jardim Morada do Sol. Bruno Ganem falou sobre sua indicação de uma campanha de conscientização para aumentar o uso da ciclovia da Marginal do Parque na altura do Jardim Morada do Sol – ameaçada de extinção, segundo ele; da necessidade da instalação de uma feira de artesanato à altura do “Titanic” da raia de remo; e da obrigatoriedade do plantio de árvores nas calçadas residenciais (sob a justificativa de combater o aquecimento global...). Estranhamente, o jovem vereador não citou uma indicação muito mais polêmica, que pede abertura de acesso da Estrada do Sapezal para a SP-75, o que obviamente contraria o interesse da concessionária Rodovias das Colinas.

Linho pediu a implementação de convênio com a Secretaria da Agricultura para a expedição de Guias de Transporte Animal (GTA) na Casa do Agricultor, documento necessário para o transporte de animais com finalidade de abate ou comércio; e também a designação de guardas municipais na Rodoviária nos horários de grande fluxo de passageiros, para evitar constrangimento destes causado por pedintes. Os requerimentos do Linho pediam esclarecimentos sobre uma suposta viagem a Cuba da secretária da Educação, Jane Ferreti, e de funcionários da pasta – ambas aprovadas por acordo com a liderança do governo, mediante pedido de vistas de um terceiro requerimento, que pedia informações sobre o resultado e critérios usados nas avaliações externas realizadas pelas escolas municipais.

Fábio Conte pediu a palavra basicamente para aproveitar o público presente assim como Celsinho. Cebolinha pediu a palavra para parabenizar a Fundação Pró-Memória pelos seus 15 anos completados este mês e pedir aprovação de sua moção de congratulações, no que foi acompanhado por Linho e Celsinho.

Os projetos do Executivo, que foram encaminhados às comissões, diziam respeito em sua maioria em alterações no Orçamento aprovado em dezembro e no Plano Plurianual de 2005. Os outros dois pedem a criação de 100 cargos de capacitador de Guardas Municipais para os cursos de formação de GMs ministrados pela Fiec para Municípios de todo o País; e de 86 novas funções docentes na mesma Fundação.


***

Curiosidades: * O vereador Linho apareceu de chapéu nesta primeira sessão, parecendo uma versão mais jovem de Antônio da Cunha Penna, outro adepto da peça de vestuário igualmente barbudo e careca.* É quase impossível entender o que o presidente da casa, Luiz Carlos Chiaparine (PDT), diz ao microfone. "Nem com leitura labial", como observou a editora da Tribuna, Cynthia Santos. * Três diretores de jornal acompanharam essa primeira sessão: este que vos escreve (Gente etc...), José de Miranda (Tribuna de Indaiá) e Aluísio William Rodrigues (Jornal Exemplo). Curiosamente, justamente Evandro Magnusson Filho, ex-vereador não reeleito e dono do Votura, não mandou nem repórter para cobrir a Câmara. * A despeito das boas intenções do novato Bruno Ganem, obrigar as pessoas a plantar árvores em frente de casa vai criar um problema duplo: primeiro, muitas calçadas mal existem, quanto mais com espaço para suportar uma árvore e, em segundo lugar, vai aumentar o trabalho da Prefeitura para podar os galhos antes que a CPFL venha e corte de qualquer jeito.

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa noticia ter sido o prédio da Câmara anfitrião de várias pessoas para acompanhar a sessão. Que continuemos assim, participativos de de olho nos vereadores eleitos. Já das ações, não vou dizer que gostei mais da que se refere ao Pró-Memória pois seria altamente suspeito, sem isenção (rsrs...). Então registro que gostei do Linho, que pega no pé da Secretaria da Educação. Que todos os atos dele - educador que é - sirvam para incentivar as melhorias dessa secretaria, pois Educação é a base de tudo. Parece frasesinha piegas, mas é verdade. [ ]s, Eliana Belo.

Anônimo disse...

Meu caro Kimura, parabéns pela nova cara do blog.
Legal também a sua cobertura do Legislativo.
Gostaria de discorrer sobre a fala e o projeto que Bruno Ganem apresentou: o de plantio das árvores.
Eu venho lutando a muito tempo para que esse projeto fosse ao menos discutido pela sociedade Indaiatubana (contando sempre com o apoio da Silvia Bolivar) e esperando que algum vereador comprasse a briga. Acho que encontrei um.
Penso que este projeto pode ajudar muito a cidade de Indaiatuba e a qualidade de vida dos seus habitantes, todo mundo sabe que Indaiatuba é muito quente e isso vem aumentando a cada ano.
Não falo em obrigação, mas sim em participação da população plantarem árvores em frente as suas casas. Defendo inclusive, que quem plante tenha descontos no IPTU.
Fico feliz que o vereador Bruno Ganem tenha entendido e se preocupado com esta questão.
Vamos ao debate então!!!

Anônimo disse...

Meu caro Kimura, fiz um comentário neste espaço há dois dias e ainda ele não foi ao ar. Fui censurado?!