sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Em cartaz


O musical “Mamma mia!” e a produção nacional kardecista “Bezerra de Meneses – Diário de um Espírito” são as novidades da semana em Indaiatuba esta semana.

O primeiro é uma adaptação de um espetáculo da Broadway do mesmo nome, e chega ao País após arrecadar US$ 417 milhões pelo mundo. Donna (Meryl Streep, de “O Diabo Veste Prada”) é dona de um pequeno hotel e mãe solteira da espirituosa Sophie (Amanda Seyfried, do seriado “Big Love”), que vai casar. Donna precisa superar o fato de que irá ficar sozinha e convida duas amigas especiais para o casamento da filha, do tempo que era vocalista de uma banda chamada Donna and the Dynamos. Procurando conhecer a verdadeira identidade de seu pai, Sophie convida secretamente três homens que podem ser ele, interpretados pelo ex-James Bopnd Pierce Brosnan, por Colin Firth (“O Diário de Bridget Jones”) e Stellan Skarsgard (“Piratas do Caribe 2 e 3”).

Um dos trunfos do filme é a versatilidade de Meryl Streep, que além de ser a atriz de maior prestígio de Hollywood ainda é capaz de cantar bem, como já mostrou em “Lembranças de Hollywood” e “A Última Noite”. Mas a grande atração são as canções do Abba, grupo sueco que foi o maior fenômeno dos anos 70 e que até hoje tem uma legião de fãs fiéis, como demonstra o filme “Priscila, A Rainha do Deserto”. Aliás, para deleite dos fãs, os integrantes do Abba fazem participações especiais. Coisa para as Felícias e Mitzis de plantão se divertirem.

A diretora inglesa Philiida Lloyd estréia no cinema por conta de seu trabalho na versão o texto para os palcos. Amanda Seyfreid, que já é uma estrela da TV, consegue galgar um gigantesco passo em sua carreira cinematográfica, estrelando um sucesso em que não tem que competir com efeitos especiais, mas com o “monstro sagrado” Meryl Streep, se saindo bem.

“Bezerra de Meneses” está sendo considerado o fenômeno nacional de bilheteria do segundo semestre, fato que mereceu matéria de página dupla na Veja. Para quem não sabe, o personagem-título é o introdutor da doutrina de Alan Kardec no Brasil, daí o apelo religioso que deve ter movido a procura por este filme de produção pobre, lançamento discretíssimo e recebido com ressalvas pela crítica. É uma produção da entidade espírita Estação da Luz que custeou ¾ dos R$ 2,4 milhões gastos na produção, o restante veio de recursos captados pela Lei Rouanet. Ajudou também o recrutamento de nomes consagrados da TV para o elenco, principalmente de Carlos Vereza para o papel-título, impulsionado pela fé do ator, convertido ao espiritismo há 18 anos, após um acidente. A direção é do desconhecido Glauber Filho e no elenco estão ainda Lucio Mauro e Caio Blat.

Bezerra de Meneses foi um médico cearense e depois deputado de destaque no Brasil de Dom Pedro II. Assumiu sua conversão ao espiritismo quando isso era crime – o Estado não era ainda separado da Igreja – escreveu artigos em defesa de sua causa. Após sua morte em 1900, tornou-se freqüentador assíduo das sessões espíritas na forma de “espírito de luz”.

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