A peça começa com Noel Rosa já doente e moribundo e o que se segue é um flash back de sua vida, narrado em ordem não-cronológica, uma espécie de delírio do músico em seu leito de morte. Por este “delírio” desfilam figuras emblemáticas do Rio de Janeiro da década de 30, como Araci de Almeida, Marília Batista, o radialista Casé, o sambista Wilson Batista e todo o clima poético da era do rádio, dos grandes carnavais, da boemia, dos cabarés e arcos da Lapa.
Noel de Medeiros Rosa nasceu em 11 de dezembro de 1910 no Rio de Janeiro em parto difícil – para não perder mãe e filho, os médicos usaram fórceps para ajudar, o que acabou causando-lhe uma lesão no queixo, que o acompanhou por toda a vida. Magro e debilitado desde muito cedo, dona Marta, sua mãe, vivia preocupada com o filho, pedindo-lhe que não se demorasse na rua e que voltasse cedo para casa. Foi para a faculdade de medicina – alegria da família – mas acabou abandonando-a para dedicar-se à música popular.
Noel usou seu talento para realizar nas suas músicas uma brilhante crônica social do Rio de Janeiro que se urbanizava com rapidez, das injustiças sociais do país, da política, das relações amorosas e das mudanças culturais provocadas pelo crescimento da comunicação de massa, particularmente o cinema falado e o rádio. Sua obra é precursora e influenciou de toda a música popular brasileira produzida ao longo do século XX. Noel Rosa faleceu em 4 de maio de 1937, há 70 anos.
“O Poeta da Vila e Seus Amores” traz, no elenco, Bianco Marques, que interpreta o próprio Noel Rosa. Também atuam Gilmara Pereira, Fernanda Mendes, Alba Mariela, Ana Paula de Arruda, Dalila Ribeiro, Adriana Afonso, Carlos Alberto Agostinho, Marcos Caresia, Flávio de Paula, Odilon Lamego, Bernard Nascimento, Andreza Tagliaferro, Rafaele Breves, Ângela Maria de Oliveira, Bárbara Rodrigues, Carolina Câmara, Débora Ester, Kaline Leigue, Karine Andrade, Lara Giordana, Renata Ramos e o próprio diretor Carlos Ribeiro. O acompanhamento musical é feito por Hugo Muneratto (violão), Tiago Rodrigues (violão de 7 cordas), Daniel do Bandolim (bandolim), Fernando Martinez e Flora Kuri (percussão).
A cenografia é de Jaime Pinheiro, os figurinos de Carlos Alberto Agostinho, a maquiagem de Alba Mariela e a iluminação de Carlos Ribeiro.
Serviço:
O POETA DA VILA E SEUS AMORES, com o núcleo de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí
Dia 17 de setembro, às 20 horas, na sala Acrísio de Camargo – Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei). ENTRADA FRANCA
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