segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Relatório de fim de semana

O sábado começou com a 2a Feijoada do Andarilho, há três ano o bar mais badalado de Campinas. Entretanto, sua feijoada ainda não consegue ser o que a do Seo Rosa é: a maior concentração de gente bonita de toda a região. É verdade que o tempo não colaborou, mas até então ninguém sabia que ia chover e as vendas foram quase todas antecipadas, já que não havia bilheterias no local.

Comida e bebida farta para todos os gostos, com destaque para a estação de Mojitos da Bacardi, da qual virei cliente, e a mesa de saladas, já que muita gente não encara feijoada, cujo veredito da nossa chef de plantão, Maria Fernanda Campos, foi: muito salgada.

Musicalmente, o tal grupo Gabana decepcionou, numa cidade que tem Bons Tempos, Mesa de Bar e Samambaia. Compreendo que a intenção era agradar o gosto da maioria, mas...

Quanto ao show do velho Cachorrão - apelido de Jair Rodrigues num passado remoto - misturou músicas dele e de outros, de tempos mais remotos que os de seu auge, nos anos 60, talvez para que os jovens achassem que aquele senhor bem conservado fosse o intérprete original de "Alala-ô" (de 1940). Mas sua interpretação de "Arrastão", em homenagem à amiga e parceira Elis Regina foi emocionante.

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De volta à cidade, já me mandei para o Indaiatuba Clube, onde acontecia a "Noite Japonesa". Por um momento, achei que a Acenbi - Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Indaiatuba - tinha se transferido para o belo salão social do IC, com gente cantando músicas japas no videokê e os hashis funcionando a todo o vapor nas mesas. A diferença é que na Acenbi, o prato quente que sai mais é o udon, e no IC era yakissoba. Outra diferença era que o público "ocidental" se delicia com shushi e sashimi de salmão e atum, enquanto olha com desprezo e até nojo para o polvo. O cefalópode será o "camarão" ou "bacalhau" das próximas décadas, já que é uma iguaria apreciada tanto no Mediterrâneo quanto na Ásia, e a crescente demanda da China está fazendo que ele se torne raro e consequentemente caro.

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Fechando os sábado, teve Velhas Virgens no Tom da Terra, com abertura da banda TomeleRock. Acho que o Mundo Canibal deveria processar os caras, porque o nome é evidentemente derivado da animação Tomelirolla, de autoria dos Piologo Brothers. Mas os caras mandaram bem um repertória de "clássicos" do rock e do BRock dos anos 80, sendo elogiados por Paulão dos Velhas, que até vestiu camiseta deles no show.

Desconfio que Indaiatuba é a única cidade em que show do Velhas atrai meninas bonitas (veja à direita a gatinha que não saiu da fila do gargarejo no sábado). Já fui a cinco, um em Itu, e enquanto nos de Indaiá tinham sempre umas gatinhas, no Berço da República, mulher só as namoradas dos organizadores, que não tinham a menor idéia do que a banda tocava, muito menos que toda puta mora longe.

Foi a performance de sempre, com muita garra e rock'n roll - apesar dos cabelos brancos do vocalista. O senão ficou por conta de um roadie que mandou a gente - a imprensa, no caso eu - tirar fotos e cair fora da área reservada. Antigamente não tinha essa frescura não. Será que já está baixando uma síndrome de rockstar na menopausa na maior banda independente do Brasil?

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